MEGA SAÚDE MANTENA_MG

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domingo, 28 de julho de 2013

INFARTO DO CORAÇÃO


Existem muitos infartos que podem ocorrer em muitas partes do corpo, como coração, pulmões, cérebro e membros. O infarto consiste na obstrução do vaso sanguíneo que supre essa parte do corpo (isquemia). Segue-se então, um mau funcionamento desse órgão ou membro afetado. Fala-se de infarto do miocárdio, quando o órgão afetado é o coração, eacidente vascular cerebral (AVC), quando é o cérebro.

O infarto do miocárdio é uma ocorrência grave e uma das principais causas de morte de países desenvolvidos. No Brasil, os números são alarmantes e estima-se que 66.000 pessoas por ano morram da doença. A causa principal da doença é uma obstrução de uma veia que nutre e irriga o coração. Com isso, o músculo morre e o coração perde suas funções de bombeamento de sangue.
Infarto do coração sobrepesoOs principais fatores de risco para a doença incluem a obesidade,diabetes, pressão alta, sedentarismo e histórico familiar de infarto. Idade e sexo também são parâmetros importantes. Os sintomas podem variar de paciente para paciente, mas normalmente incluem dor no peito (angina), sudorese, tontura e respiração acelerada. O diagnostico é feito a partir dos sintomas que o paciente apresentou e o eletrocardiograma e exames de sangue. Outros exames complementares incluem o ecocardiograma e exames de imagem.
O infarto pode levar a muitas complicações, dependendo do seu grau de extensão. Se o dano for menor, há a instalação de uma insuficiência cardíaca, arritmia e problemas valvulares. Mas às vezes, a extensão dos danos é muito grande, causando uma parada cardíaca, ruputura cardíaca e morte.
O tratamento é deve ser feito logo após o paciente ter tido o infarto e inclui medicamentos para dissolver o coágulo que impede o fluxo sanguíneo. Outros medicamentos são aplicados para reduzir os níveis de colesterol e evitar a agregação plaquetária, como aspirina eantitrombóticos.
O paciente que já apresentou o infarto deve seguir rigorosamente as indicações do médico e tomar todos os medicamentos. Como forma de prevenção, indica-se mudanças no hábito de vida: redução do consumo de gorduras, práticas de atividade física, redução do estresse, controle do peso e diabetes, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

DEFINIÇÃO INFARTO


O infarto agudo do miocárdio (popularmente chamado de ataque do coração ou ataque cardíaco) ocorre devido à uma obstrução da artéria que vasculariza o coração, chamada de artéria coronária. O resultado desta oclusão é a morte do tecido do coração (necrose isquêmica), uma vez que este não é mais irrigado, mais "alimentado" com sangue rico em oxigênio. Quando uma pequena parte do coração é atingida, pode-se estabelecer uma insuficiência cardíaca. Por outro lado, se a necrose for significativa, ocorre uma parada cardíaca, muitas vezes fatal.
Os sintomas de um infarto do coração são muitos semelhantes aos da angina do peito. Mas durante o infarto, a circulação coronária está completamente parada, ao contrário da angina, no qual o fluxo sanguíneo coronariano é reduzido.
Em casos de infarto do coração, o objetivo é aliviar a dor, mas principalmente, salvar a vida do paciente. Uma vez que o paciente tiver melhorado, ele terá que seguir com uma administração de medicamentos adequada para prevenir complicações e recidivas.
Parentes também podem ser avisados para saber reconhecer rapidamente um início de infarto do coração, para agir rapidamente, e não apenas salvar a vida dos pacientes, mas também para prevenir as complicações de um infarto do coração.
Durante o infarto do miocárdio, a hospitalização de emergência ainda é necessária.

ESTATÍSTICAS INFARTO


O infarto do coração é uma das principais causas de morte dos países desenvolvidos e sua ocorrência está muito ligada ao estilo de vida e dieta adotada pelos indivíduos. O infarto está associado a um grande número de mortes. Estima-se que no Brasil apenas metade dos infartados chegam com vida ao hospital. De acordo com dados do Ministério de Saúde, DATASUS, os números no Brasil são preocupantes:
- Estima-se que 25% das mortes no país são causadas por infarto;
- Cerca de 66.000 pessoas morrem por ano devido ao infarto;
- Entre 1998 e 2005 o número de internações por infarto aumentou 65%;
- Entre 1998 e 2003 o número de mortes aumentou 10%.
É importante ressaltar que o número de mulheres acometidas por infarto tem aumentado nos últimos anos. Outro fato alarmante é que as doenças cardiovasculares, como o infarto e o AVC, são a principal causa de morte no país, correspondendo a 33% do total de mortes. Em média, de cada 10 vítimas, 6 são do sexo masculino.

CAUSAS INFARTO


A principal causa de infarto do miocárdio é a trombosecoronariana de um músculo do coração. A artéria do coração é completamente bloqueada, não podendo levar sangue para o coração. O músculo cardíaco não é irrigado em algumas áreas, o tecido morre e torna-se necrótico.


Uma causa incomum de infarto do coração é o espasmo de uma artéria coronariana que acaba por bloquear o fluxo sanguíneo ao coração. Drogas, como a cocaína, podem ocasionar esse espasmo. Outra causa rara de infarto é o bloqueio dos vasos por coágulos sanguíneos ou tumores (metástases) de outras partes do corpo (chamado de embolismo coronariano).

Os fatores de risco para o infarto do coração são divididos em fatores não modificáveis (idade, sexo, genética) e fatores de risco modificáveis (estilo de vida:obesidade, sedentarismo, hipertensão, diabetes, colesterol alto, alimentação, tabagismo e estresse).
Assim, melhorar os fatores de risco modificáveis do infarto do coração é parte de um programa de prevenção da doença.
Desaparecimento de um ente querido
O desaparecimento de um ente querido: na verdade, o risco de ter um ataque cardíaco (e um AVC) aumenta acentuadamente com o desaparecimento de um ente querido e diminui nas quatro semanas após a morte dessa pessoa, de acordo com um estudo publicado em Janeiro de 2012, nos Estados Unidos.
Esta pesquisa realizada com 1.985 adultos que sobreviveram a um ataque cardíaco mostra que após a morte de alguém próximo, o risco de um acidente cardiovascular é de 21 vezes maior que o normal, no primeiro dia após a notícia ruim e ainda quase seis vezes maior na primeira semana. Em seguida, esse risco continua a declinar acentuadamente durante o mês.
"Os enfermeiros e médicos, bem como as pessoas que estão de luto, possuem um maior risco de sofrerem um ataque cardíaco nos primeiros dias e semanas depois de saber da morte de ente querido", explica o Dr. Murray Mittleman, cardiologista e epidemiologista da Faculdade de Medicina de Harvard (Massachusetts), um dos principais autores deste trabalho.
Gripe e infarto do miocárdio
A gripe pode, de forma surpreendente, aumentar o risco de um infarto do miocárdio. Verifica-se realmente um aumento durante a época da gripe (em geral no inverno), de cerca de 20 % nas doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio.
Embora as causas não sejam ainda completamente conhecidas, uma possível explicação apresentada por investigadores brasileiros, em março de 2012, poderá advir do fato de que o vírus da gripe promove rupturas do endotélio (tecido que envolve os vasos sanguíneos), que favorecem a formação da placa de colesterol e, deste modo, a acumulação de coágulos sanguíneos poderá provocar um infarto ou outras doenças cardiovasculares.
As pessoas com riscos cardiovasculares devem, por conseguinte, ser vacinadas contra a gripe, pois estima-se que esse gesto permite a redução de cerca de 30 % do risco de virem a sofrer um infarto do miocárdio.


Sono e o risco cardíaco

Diversos estudos dos EUA publicados em 2010 e 2012 mostraram que dormir menos do que 6 horas e mais do que 8 horas por noite pode aumentar o risco cardíaco incluindo o risco de desenvolvimento de infarto do miocárdio. Parece que uma média de sete horas de sono por noite pode ser uma ótima recomendação de prevenção contra o infarto do miocárdio. Sabe-se também que as pessoas que dormem 5 horas ou menos por noite têm risco muito maior de sofrer infarto do miocárdio. Na verdade, o grupo de maior risco, de acordo com esse estudo, são pessoas com menos de 60 anos que dormiam menos do que 5 horas por noite: o risco delas desenvolverem doenças cardiovasculares é mais do que o triplo comparado àquelas que dormiam sete horas.
Ainda não são exatamente claras as relações entre o sono e os distúrbios cardiovasculares.

O consumo de cálcio em excessoO consumo excessivo de cálcio. Na verdade, um estudo alemão publicado em 2012 mostrou que mais do que 1g (ou 1.000 mg) por dia de cálcio como suplemento alimentar foi associado a um maior risco de sofrer um infarto do coração. Este estudo foi realizado com aproximadamente 24.000 pessoas durante mais de 10 anos e o risco de ataque cardíaco (infarto do coração) era 84% mais elevado em pessoas que tomam mais de 1,0 gramas de cálcio em comparação com aquelas que tomaram 1,0 gramas por dia ou menos.
Outro estudo publicado em 2010 pelo British Medical Journal (BMJ) já havia identificado esse risco. Segundo um estudo de 11 ensaios envolvendo 12.000 pessoas, tomar comprimidos de cálcio está associado a um risco aumentado da frequência cardíaca de aproximadamente 25 a 30%.

GRUPOS DE RISCO INFARTO





As pessoas mais susceptíveis a desenvolverem um infarto do coração são: homens, idosos e pessoas com histórico familiar de infarto do coração antes dos 60 anos de idade.

Isso é chamado de fatores de risco não modificáveis do infarto do miocárdio:
- Idade;
- Sexo;
- Hereditariedade;
Há também os fatores modificáveis que influenciam a ocorrência de um infarto do miocárdio. Estes fatores são:
- Sedentário;
- Alimentação;
- Tabagismo;
Hipertensão;
Diabetes;
Sobrepesoobesidade;
Stress
- Psóriase
Insuficiência renal crônica

Idade e Sexo

Homens acima de 50 anos e mulheres depois dos 60 anos podem mais facilmente sofrer de um infarto do miocárdio.
De fato, as mulheres, por causa dos estrogênios (hormônios femininos) estão protegidas até a menopausa contra o infarto do miocárdio – o estrogênio possui um efeito protetor sobre as artérias coronárias. No entanto, após a menopausa, ocorre uma redução na produção de estrogênio, podendo as mulheres além dos 60 anos também sofrerem de infarto do miocárdio.

Hereditariedade

Há famílias de "cardíacos" que são mais propensos a terem um infarto do miocárdio. Essas pessoas devem prestar particular atenção ao estilo de vida para evitar um infarto do coração.

Sedentarismo

O sedentarismo favorece a obesidade, que então pode causar o surgimento de um infarto do miocárdio. Além disso, a pratica constante de atividades físicas leva a melhora da performance cardiovascular, o que acaba por prevenir o infarto.

Alimentação

As gorduras devem ser evitadas por causa do seu colesterol e das gorduras neutras (triglicerídeos). Estas gorduras consumidas em excesso, são depositadas progressivamente nas artérias, causando ao longo do tempo, a aterosclerose, que é a causa do infarto do miocárdio. Não é necessário parar de comer coisas gordurosas, mas deve-se limitar seu consumo.
Evite o álcool. No entanto, o vinho tinto tem um efeito protetor sobre os vasos sanguíneos do coração, mas deve-se tomar apenas de 1 a 2 taças de vinho tinto por dia!

Tabagismo

O tabagismo é um fator de risco conhecido para a doença cardíaca, que favorece a aterosclerose nas artérias do coração. O fumante é exposto a um risco três vezes maior de sofrer um infarto do miocárdio do que os não fumantes.
Não é só o fumo que prejudica a saúde dos fumantes, mas também representa um fator de risco a exposição ao fumo passivo.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial sobrecarrega as artérias. Isso provoca um alto risco de aterosclerose e, portanto, do infarto do miocárdio. Ao medir a pressão arterial, são realizadas duas medições, a medição das pressões sistólica e diastólica.
A pressão sistólica deve estar entre 120 e 140 (mmHg).
A pressão diastólica deve estar entre 80 e 90 (mmHg).
Note que uma medida no dia não significa muito, devido ao fato da pressão variar ao longo do dia. Se a pressão arterial ultrapassar os limites em várias ocasiões, falamos de hipertensão.

Diabetes

A diabetes é uma doença insidiosa, silenciosa e pode levar a várias complicações, tais como, aterosclerose e infarto do coração. Portanto, prevenindo-se a diabetes (tipo II), reduz assim os problemas cardiovasculares.

Sobrepeso – Obesidade

Embora menos da metade da população brasileira esteja com excesso de peso, esse é um fenômeno que afeta uma grande parte dos brasileiros. O excesso de peso é um fator de risco modificável para a doença cardíaca coronariana.
Deve-se levar em conta não somente o IMC (Índice de Massa Corporal), mas a circunferência abdominal também. O IMC, que é a relação entre o peso e a altura ao quadrado, deve estar entre 19 e 25, enquanto que a circunferência abdominal em mulheres não deve exceder 88 cm e, nos homens deve ser inferior a 102 cm.
IMC de 19 a 25: peso normal, situação ideal
IMC de 25 a 30: sobrepeso
IMC de 30 a 35: obesidade
IMC acima de 35: obesidade mórbida.

Estresse

O stress pode aumentar a pressão arterial e de repente ser um fator de risco para o infarto do miocárdio. Nós não estamos falando do stress "normal", o que você sente antes de subir no palco, mas do stress vivido constantemente, causado por estresse psicológico e nervosismo diário.

Uso de drogas ilícitas

Drogas estimulantes, como cocaína e anfetaminas podem desencadear um espasmo de uma artéria coronária e provocar infarto do miocárdio.

SINTOMAS INFARTO


Os sintomas do infarto do coração são muito semelhantes aos da angina, mas eles duram por mais tempo e são mais intensos.

Infarto, detecção dos sintomas

Um infarto do coração é visto como segue:
- Dor no peito;
- A dor irradia para o ombro e braço esquerdo;
- A dor dura mais de 15 minutos, apesar de um descanso;
- A dor persiste mesmo após administrar nitroglicerina;
Ansiedade;
- Dificuldade em respirar;
- Palidez;
- Náuseas;
- Sudorese
- Tontura e, às vezes, perda de consciência.
É importante ressaltar que os sintomas do infarto podem variar. Por isso é fundamental que pessoas com fatores de risco para infarto tenham atenção redobrada a qualquer sintoma.

Infarto, as reações que salvam

A velocidade de ação é o fator mais importante no resgate de uma pessoa que sofre um infarto do coração. Você deve:
- Chamar uma ambulância rapidamente;
- Dar seu nome, localização;
- Elevar a parte superior do corpo do paciente, utilizando almofadas, por exemplo;
- Ajudá-lo a respirar, removendo tudo o que possa sufocá-lo, como gravatas e colarinhos.
É sempre importante lembrar que o paciente com um ataque seja levado imediatamente ao médico ou que se ligue para a ambulância o mais rápido possível. Cada minuto que se perde reduz a expectativa de vida do paciente.

DIAGNÓSTICO INFARTO




O diagnóstico do infarto do miocárdio é feito pela anamnese dos sintomas da doença, se ainda assim não for suficiente, é feito então um eletrocardiograma (ECG).

Sintomas
Os sintomas de um infarto do miocárdio são geralmente caraterísticos:
- A dor tipo angina no peito (sensação de aperto na região do tórax);
- A dor persiste mesmo em repouso e dura mais de 20 a 30 minutos.
Eletrocardiograma (ECG)
O eletrocardiograma (ECG) vai confirmar o diagnóstico do infarto do miocárdio. Na verdade, as ondas descritas no eletrocardiograma, características de um infarto do coração, apresentam uma atividade anormal do coração.
Análises Biológicas
Por exames de sangue, é possível encontrar proteínas específicas do músculo cardíaco, as CK-MB e troponina I ou T, pelo menos seis horas após um infarto do coração. Esta análise permite confirmar o diagnóstico. Nunca devemos aguardar os resultados desta análise para iniciar um tratamento contra o infarto do miocárdio. De fato, durante o infarto do coração o paciente "luta" contra o tempo. É necessário agir rapidamente para evitar as sequelas da doença e salvar a vida do paciente.
Outros exames adicionais incluem o raio-X do tórax, ecocardiograma, angiograma, tomagrafia computadorizada cardíaca e ressonância magnética.

COMPLICAÇÕES INFARTO





As complicações de um infarto do coração são:

- A ocorrência de insuficiência cardíaca;
- Arritmia cardíaca;
- Problemas nas válvulas cardíacas;
- Ruptura de áreas enfraquecidas do coração (normalmente fatal);
 Tromboembolia pulmonar e sistêmica;
- Aneurisma cardíaco;
- A parada cardíaca;
- Morte

TRATAMENTOS INFARTO


O tratamento do infarto do miocárdio é diferente na crise aguda e na prevenção de uma recidiva.


Crise Aguda do infarto do coração

Durante a crise aguda do infarto do miocárdio, é fundamental agir rapidamente. A velocidade do tratamento determinará não só a sobrevivência do paciente, mas também da repercussão das eventuais sequelas.
Um infarto do coração é uma emergência médica. É sempre, necessário chamar uma ambulância, para que o paciente seja rapidamente atendido e seja levado ao hospital. Assim, quando alguém se queixa de dor no peito que irradia para o braço esquerdo e ombro, deve-se chamar imediatamente uma ambulância.
Depois de um eletrocardiograma, o médico dará ao paciente medicamentos de emergência. Em geral, o tratamento medicamentoso é feito com a administração de analgésicos, tranquilizantes para acalmar a ansiedade (diazepam) e injeção local de trombolíticos para dissolver o coágulo de sangue como aspirina e clopidogrel 300mg. O médico também utiliza derivados de nitratos que são antiarrítmicos.
Em seguida, é possível efetuar uma angioplastia. A angioplastia consiste na dilatação da artéria entupida, com a ajuda de um balão que infla. O médico coloca um stent, que é um objeto metálico que permite manter a estrutura da artéria, fazendo com que o sangue flua e irrigue o coração.


Tratamento básico após um infarto do coração

Uma vez que, o paciente tenha se recuperado, ele terá que se cuidar e fazer uso de uma medicação adequada para prevenir a recorrência do infarto do miocárdio.
O médico irá prescrever como tratament aspirina, clopidogrel 75mg (antiplaquetário), ou heparina que impede a coagulação sanguínea (anticoagulante), um betabloqueador ou inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) para diminuir a pressão sanguínea, e bem como as estatinas ou fibratos para prevenir o desenvolvimento de placas ateroscleróticas devido ao excesso de colesterol. Este tratamento irá prevenir a trombose e, portanto, a recorrência do infarto do miocárdio.
Além da medicação, será necessário reeducar o paciente, ou seja, corrigir os maus hábitos e dar noções de estilo de vida saudável. De fato, após um infarto do miocárdio, o coração fica enfraquecido, muitas vezes levando à uma insuficiência cardíaca. É possível dar digoxina para fortalecer o músculo cardíaco.
Deve-se considerar uma reabilitação alimentar com o estabelecimento de atividades físicas adequadas, geralmente sob supervisão médica. Na verdade, após um infarto do miocárdio, o coração não consegue mais trabalhar com a mesma intensidade de antes. Deve-se, portanto, não sobrecarregar o coração com atividades que exijam muito esforço.


Medidas cirúrgicas

Além dos tratamentos medicamentosos, o médico poderá indicar cirurgia aos pacientes, como a angioplastia coronariana e uso de stents (redes metálicas que mantém as coronárias abertas) e cirurgia cardíaca, como a ponte de safena.

DICAS INFARTO


É fundamental durante o tratamento do infarto do coração, tomar a medicação com rigor, para evitar recorrências. Além disso, é necessário fazer uma consulta regularmente ao médico. O médico vai fazer exames para monitorar a condição do paciente e ajustar seu tratamento se necessário.
- Se o paciente fizer uso de muitos medicamentos, é possível realizar um planejador semanal, para auxiliar no cumprimento do tratamento, ou seja, garantir uma tomada adequada e regular da medicação;
- Além do tratamento medicamentoso, as mudanças no estilo de vida são recomendadas. Em um paciente que sofreu um infarto do coração, é necessário ver com seu médico as atividades físicas adequadas, pois o coração fica enfraquecido após um infarto do miocárdio. Portanto, não faça esportes bruscos ou que irão fatigar o coração.


É normal que o paciente que já teve um infarto tenha sentimentos de medo e suspeita, achando que terá um infarto a qualquer hora. É importante que, nesses casos, o paciente sempre se apóie na família e use corretamente a medicação indicada pelo médico. Não raro os pacientes podem sofrer de depressão após o infarto, com o medo de morte iminente. Programas de reabilitação cardíaca visam prevenir a depressão e melhorar a qualidade de vida do paciente após o ataque cardíaco.

Os programas de reabilitação cardíaca também visam fazer com o que o paciente perca o medo de fazer as atividades diárias normais, como exercícios físicos, trabalho e até mesmo, sexo. Muitos hospitais contam com esse tipo de apoio e aconselhamento que se baseia em medicação, mudanças no hábito de vida e acompanhamento emocional. Se você quer saber como participar desses programas, converse com um médico.

PREVENÇÃO INFARTO


Uma vez que, existem fatores de risco modificáveis do infarto do miocárdio, é possível agir sobre eles. Lembre-se que os fatores de risco modificáveis do infarto do miocárdio são:
- Alimentação;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Hipercolesterolemia;
- Estresse.
No que diz respeito a doenças como a hipercolesterolemia, diabetes ou hipertensão, se elas forem diagnosticadas, deve-se fazer um tratamento medicamentoso para trata-las. Para a hipercolesterolemia e hipertensão, uma alimentação adequada pode reduzir ambas as doenças, promovendo uma boa atividade cardíaca.


Um estudo francês publicado em setembro de 2011 mostrou que o vinho tinto tem efeitos benéficos em pacientes operados do coração. De fato, o consumo moderado de vinho tinto (1-2 taças por dia) melhora o fluxo sanguíneo, diminui os níveis de colesterol e aumenta o nível de antioxidantes em pacientes que sofreram um infarto do coração. O estudo foi realizado com o vinho Bourgogne de garde, rico em taninos e antioxidantes.


Obesidade, sobrepeso

A obesidade e o excesso de peso pode sobrecarregar o coração, e cada vez mais, o excesso de gordura pode se acumular em vasos sanguíneos e causar a arteriosclerose.
A obesidade é medida pelo IMC, que fica entre 19 e 25. Assim, alguém medindo 1,65 metros, deve pesar no máximo 68 Kg.
Para fazer isso, é inútil acreditar em dietas da moda que reduzem o peso de uma só vez. Isso pode causar o efeito ioiô. O ideal é diminuir gradualmente a alimentação até que chegue ao peso ideal, para que esse seja mantido. Para isso, devemos prestar atenção à dieta, fazer exercícios regularmente e beber muita água.



Alimentação

Uma alimentação baixa em ácidos graxos saturados, e com antioxidantes favorece a saúde das artérias coronárias que ficam menos obstruídas. Devemos privilegiar o uso do óleo de oliva e canola, em detrimento ao óleo de girassol e manteiga. O vinho tinto também é bom para a saúde, desde que não seja consumido mais de duas taças por dia.
Preconizamos também uma alimentação rica em frutas, legumes, e peixe ao invés de carne.
Uma alimentação respectiva à pirâmide alimentar evita o sobrepeso. Assim, devemos comer legumes, cereais e frutas e, devemos diminuir o consumir de carne, de manteiga (contém ácidos graxos saturados), de gema de ovo, vísceras e frutos do mar (ricos em colesterol).
Em uma pessoa com hipertensão, deve-se evitar o excesso de sal em sua comida, porque o sal tende a aumentar a pressão sanguínea.
Nunca devemos nos privar. A privação remove a alegria. Mas é preciso moderar o consumo de alimentos ricos em colesterol, ácidos graxos saturados e sal.


Sedentarismo – Atividade Física

A atividade física não só ajuda a reduzir a obesidade, mas tem também um efeito benéfico sobre a atividade cardíaca e o humor em geral, através da liberação de endorfinas.
Como qualquer coisa em excesso, a atividade física também pode ser prejudicial em excesso. Não se deve sobrecarregar e sim manter uma regularidade. Então, faça atividade física por 30 minutos três vezes por semana, que será mais benéfica que uma atividade de duas horas, uma vez por semana.



Tabagismo

O tabagismo é um fator de risco para as doenças cardiovasculares. É, portanto aconselhável parar de fumar. Para isso, existem muitas soluções, tais com
- Os adesivos de nicotina;
- Gomas de mascar com nicotina;
- Os inaladores de nicotina para manter o "gesto de fumar";
- Os cigarros eletrônicos sem nicotina.
O risco de doença cardiovascular após o fumo desaparece completamente após cerca de 3-5 anos após a cessação do tabagismo. Seu corpo e o ambiente (tabagismo passivo) vão agradecer por esta sábia decisão.


É importante lembrar que as pessoas que fumam passivamente, ou seja, que estão no mesmo ambiente de fumantes e acabam inalando a fumaça, têm altas chances de desenvolverem infarto, pois esta fumaça é tão tóxica quando o próprio cigarro.


Estresse

Pratique esportes e exercícios de relaxamento que ajudam a reduzir o stress e contribuem para uma vida melhor. Um estilo de vida saudável também é aconselhável, com
- Evitar beber muito café e outros estimulantes;
- Sair, divertir;
- Tirar um tempo para si;
- Cerca-se de pessoas positivas;
- Cerca-se de livros que promovam o autodesenvolvimento;
- Manter uma alimentação saudável;
- Tirar um tempo para comer;
- Fazer caminhadas;
- Aprender a esvaziar e não guardar rancor, tristeza, saiber falar.



Sono e infarto do coração

Um estudo científico muito interessante publicado em 2010 diz que o indivíduo deve dormir 7 horas por noite para limitar o risco de infarto do miocárdio, nem mais nem menos do que 7 horas (porque em ambos os casos, o risco de infarto foi estatisticamente maior neste estudo).
Outro estudo publicado em 2012 também mostrou que pessoas que dormem menos de 6 horas ou mais de 8 horas por noite tinham um risco maior de desenvolver infarto do miocárdio. Leia também: causas de infarto do miocárdio



Fatores de risco não modificáveis

Sobre os fatores de risco não modificáveis (idade, sexo, história familiar), é essencial conhecer os fatores de risco e aproveitar as campanhas de rastreio existentes. O seu médico ou farmacêutico irá fazer perguntas certas e fazer o teste de diabetes, colesterol e pressão arterial, para uma primeira avaliação do risco de doenças cardiovasculares. Além disso, a circunferência abdominal, o peso e o IMC (Índice de Massa Corporal), também serão medidos. Considerando os resultados obtidos, a pessoa será orientada pelo médico, se necessário, iniciar um tratamento. Na verdade, a hipertensão, o colesterol alto e a diabetes são chamados de "doenças silenciosas". Portanto, a detecção precoce, é essencial para tratarmos melhor essas doenças, e também para prevenirmos complicações cardiovasculares.
As mulheres graças ao estrógeno possuem menor risco de sofrer um infarto do coração. Esses hormônios femininos realmente oferecem uma boa proteção das artérias coronárias. Por outro lado, após a menopausa, há uma diminuição da produção de estrógeno, o que causa muitos inconvenientes, como o aumento do risco de infarto do coração e maior risco de osteoporose. Assim, as mulheres não devem deixar de também adotar regras e modificações no estilo de vida, para prevenir um infarto do coração.

Gripe e infarto do miocárdio

Como já foi abordada na parte das causas do infarto. As pessoas com riscos cardiovasculares devem ser vacinadas contra a gripe, pois estima-se que esse gesto permite a redução de cerca de 30 % do risco de virem a sofrer um infarto do miocárdio.


Consulte a seção das causas de infarto para mais informações sobre a ligação entre a gripe e o infarto do miocárdio.


O chocolate amargo tem efeito preventivo sobre infarto
Como vimos na seção de fitoterapia infarto do coração, o chocolate amargo pode ter um efeito interessante na prevenção do infarto do coração. Além disso, um estudo australiano publicado em Junho de 2012, confirmou os benefícios do consumo regular de chocolate amargo na prevenção do infarto do miocárdio. O consumo diário por mais de dez anos de 100 gramas de chocolate com ao menos 70% de cacau, poderia evitar 70 eventos cardíacos fatais e 15 não fatais dentro de uma população de 10.000 pessoas.






domingo, 2 de junho de 2013

PARAR DE FUMAR



tabaco é muito consumido no mundo todo em forma de cigarros ou charutos, desde a época do descobrimento das Américas. Ele contém um alcalóide bastante conhecido- a nicotina, que possui propriedades estimulantes e provoca depência, motivo pelo qual ser tãodifícil parar de fumar. >> leia também: sintomas da abstinência do tabaco.
O tabaco exerce sobretudo efeitos nefastos, tais como:
distúrbios respiratórios e câncer (por ex. câncer do pulmão)
para de fumar doençasdistúrbios cardiovasculares
- interações medicamentosas (anti-diabéticos, contraceptivos, neurolépticos, antidepressivos…)
Existem inúmeros métodos para parar de fumar. Podemos destacar a substituição nicotínica (adesivos, gomas de mascar, comprimidos para chupar, inalador, comprimidos para ingerir). Todos esses métodos são de grande auxílio, mas é importante, antes de tudo, que a pessoa crie consciência e tenha uma forte vontade de parar de fumar.
Um estudo publicado em janeiro de 2013 no periódico New England Journal of Medicine, mostra que as pessoas que fumam durante toda a vida, perdem em média cerca de dez anos de vida, em comparação com aqueles que nunca fumaram. Esta pesquisa foi realizada pelo Dr. Prabhat Jha, do Hospital St. Michael, da Universidade de Toronto.

Número de pessoas que fumam


No Brasil em 2010, foi estimado que 16,8% da população fumava, em 1989 o número de fumantes estimado foi 35,4%. O Brasil é um dos países que mais tem reduzido o consumo do tabaco durante os últimos anos no mundo, as principais razões para este declínio são, em ordem decrescente de importância: o aumento do preço do maço de cigarros, leis antifumo em locais públicos, campanhas antifumo nos meios de comunicação ou restrição da publicidade de tabaco.

CAUSAS TABAGISMO


O tabagismo não é uma doença, mas seu consumo pode provocar inúmeros efeitos colaterais. Veja a seção "complicações do tabagismo".
O tabagismo é um efeito da sociedade. Diversos fatores podem levar uma pessoa a fumar, em primeiro lugar o seu entorno direto (se as pessoas do seu convívio fumam): os pais, os amigos durante a adolescência, quando as proibições são testadas.
Este meio não irá colaborar com a pessoa que deseja parar de fumar, sendo assim, se seu companheiro ou companheira fuma, é preferível que ambos tentem parar de fumar juntos.

SINTOMAS DO TABAGISMO


A intensidade dos sintomas da abstinência se manifesta conforme o grau de dependência da nicotina. Muito fumantes muitas vezes hesitam em parar de fumar por medo destes sintomas. Os sintomas mais freqüêntes são os seguintes:
nervosismo, irritabilidade (estresse)
- distúrbios do sono (insônia...)
- falta de concentração
fadiga
- aumento do apetite (risco de ganho de peso)
- vertigens
Estes efeitos ocorrem devido à falta de nicotina no organismo e podem ser amenizados através dos seus substitutos.

Fumar imediatamente após acordar é ainda mais perigoso

Um estudo realizado nos EUA publicado em agosto de 2011 mostrou que pessoas que fumam um cigarro 30 minutos após terem acordado, possuem um risco 79% maior de desenvolver câncer de pulmão em comparação com aqueles que esperam pelo menos uma hora antes de fumar o seu primeiro cigarro do dia. Este estudo foi realizado com 4.775 pessoas que sofriam de câncer e 2.835 que não sofriam dessa doença, sento todos fumantes.

MEDICAMENTOS CONTRA O TABAGISMO


Existem diferentes alternativas que podem ser utilizadas para parar de fumar.
Mas é importante ressaltar que para que o resultado seja positivo, a primeira condição é a força de vontade do fumante em se tornar um ex-fumante.
Em automedicação, podem ser utilizados os substitutos da nicotina em forma de goma de mascar, comprimidos sublinguais, comprimidos para chupar ou adesivos.
Em primeiro lugar, é necessário determinar a quantidade de cigarros fumados por dia e os hábitos do fumante.
- Se a pessoa fuma de maneira pontual, as gomas de mascar são os susbtitutos nicotínicos ideias. O fumante irá mascar um chiclete assim que sentir vontade de fumar. Por outro lado, se ele fumar o dia todo, os adesivos são mais recomendados, pois eles suprem a necessidade diária.
- Se a pessoa fuma menos de 20 cigarros por dia, recomenda-se a menor dosagem.
Se a automedicação não for suficiente, é possivel pedir uma prescrição médica de bupropiona (Zyban®) ou de vareniclina(Champix®). Estes medicamentos requerem uma consulta médica, pois o médico deverá determinar se existem contra-indicações, cujas mais graves são o humor depressivo e o pensamentos suicida. Estes medicamentos devem ser evitados por pessoas depressivas assim como pessoas que sofrem de doenças psiquiátricas.
Você deve saber que as drogas (bupropiona e vareniclina) em conjunto para parar de fumar têm eficácia superior do que uma única dose de cada medicamento. Converse com seu médico. Alguns médicos ainda associam um antidepressivo da classe ISRS na terapia para parar de fumar, especialmente se o paciente sofre de depressão (sintoma de abstinência possível após a cessação de fumar).
Notas sobre a medicação (bupropiona nicotina, ou a vareniclina)
Todos esses tratamentos com drogas não funcionam 100%, porque alguns indivíduos terão recaídas (parar de fumam e depois retornam ao hábito), outros não vão simplesmente parar mas alguns irão parar de fumar definitivamente.
Estudos têm demonstrado que o uso de medicação para deixar de fumar foi mais eficaz do que não realizar nenhum tratamento medicamentoso: a taxa de sucesso foi maior. Estes três medicamentos (bupropiona, nicotina ou a vareniclina) para a cessação tabágica também mostraram uma eficácia um pouco maior em relação aos pacientes que tomaram placebo.
Note, no entanto, que tomar medicação para parar de fumar é apenas um elemento de sucesso para deixar de fumar definitivamente. Outros aspectos, tais como o aspecto psicológico ou cognitivo são também muito importantes. Por exemplo, algumas pessoas vão sempre desejar um cigarro enquanto bebem café, como fazer para "bloquear" essa associação no cérebro? Os medicamentos nem sempre podem remover esse desejo, outras terapias devem ser consideradas.
Alguns profissionais de saúde ou agências especializadas no tabaco lhe trarão dicas valiosas.
É também possível complementar o tratamento do tabagismo com métodos naturais, para amenizar os sintomas (nervosismo, distúrbios do sono). Veja a seção "métodos alternativos: Fitoterapia

TRATAMENTO ALTERNATIVO TABAGISMO


Para as pessoas que preferem a medicina alternativa, aqui estão alguns remédios fitoterápicos possíveis. Destacamos ainda que a alopatia e as medicinas alternativas são compatíveis e podem ser complementares.
Fitoterapia para parar de fumarA fitoterapia pode ser utilizada para desintoxicar o corpo ou para amenizar os sintomas mais comuns da abstinência do tabaco: o nervosismo e a ansiedade.
Em caso de desintoxicação, o grão de café verde ou a raíz de valeriana podem ser utilizados.
O nervosismo causado pela abstinência de tabaco pode ser reduzido graças à valeriana, ao lúpulo ou ao maracujá em forma de drágeas ou infusões.




DICAS PARA ACABAR COM O TABAGISMO


Para conseguir parar de fumar é importante que o futuro ex-fumante queira de fato parar, enumerar os riscos que o tabaco exerce para a saúde não surtirá efeito algum.  Por outro lado, uma acompanhamento adequado pode melhorar a sua determinação.
1. Dicas em caso de tratamento do tabagismo
Dicas para as gomas de mascar:
- Elas devem ser mascadas lentamente (mascar 10 vezes, deixar de lado na boca, mascar mais 10 vezes e em seguida por cerca de 30 minutos), para não liberar a quantidade de nicotina muito rapidamente.
- não tome bebidas ácidas (café, suco de frutas, coca-cola…)
Dicas para os adesivos:
- mude regularmente o adesivo de lugar
- lave as mãos depois que colocar o adesivo
- o tratamento é feito em 3 fases: dose máxima durante as 3-4 primeiras semanas. A dose deve ser reduzida a cada 2 ou 4 semanas. O tratamento dura no máximo 3 meses.
Dicas para ajudar a parar de fumar:
- assim que sentir vontade de fumar, espere 3 minutos antes de acender o cigarro
- Anote em um papel as vantagens de parar de fumar e guarde-o consigo em um lugar visível