O paciente com cálculo urinário pode ser assintomático, e nesse caso pode permanecer por anos sem diagnóstico e tratamento. Já a fama da doença, vem de casos sintomáticos onde o paciente apresenta hematúria e cólicas nefréticas muito dolorosas que podem durar até 1 hora (ver em sintomas de cálculos urinários).
O diagnóstico do quadro é feito por exames de imagem como tomografias e ultra-sons. Atualmente o exame mais utilizado, é a tomografia computadorizada helicoidal sem contraste. (ver em diagnósticos de cálculos renais)
O tratamento depende do tamanho do cristal e da localização do cálculo no sistema urinário, e tem por objetivo a remoção do cálculo, sendo essa através do uso de medicamentos e posterior eliminação pela urina; através da degradação dos cálculos em cristais menores e posterior eliminação pela urina; aspirações do cálculo por instrumentos através de pequenas incisões ou, em casos extremos, através de remoções cirúrgicas. (ver em tratamentos de cáculos urinários).
A maioria dos casos possui uma melhora natural, com a expulsão natural da pedra. Cerca de 20% dos casos precisam de intervenção/tratamento.
Os cálculos são substâncias minerais ou orgânicas presentes em excesso no sangue e conseqüentemente na urina, que se agruparam, perdem a sua solubilidade e se depositam em forma de pequenos cristais. Geralmente esses cristais, chamados cálculos, são excretados pela urina, mas dependendo de seu tamanho e forma, podem ficar presos nos órgãos e dutos do organismo, ocasionando dor e complicações clínicas.
A formação dos cálculos é chamada de litíase. Os cálculos são depositados nas vias urinárias (rim, bacinete, uretra, bexiga). Suas composições podem ser diferentes, por isso as estratégias terapêuticas serão adaptadas aos cálculos, assim como à parte das vias urinárias atingidas.
Podem ser encontrados vários tipos de cálculos em diversos órgãos como o pâncreas, na vesícula biliar, nas glândulas salivares, as vias lacrimais ou ainda as vias urinárias.
ESTATÍSTICAS DE CALCÚLOS RENAIS
Estima-se que cerca de 12% da população mundial sofra de cálculos urinários.Algumas pessoas possuem um risco maior de desenvolver a doença devido a diversos fatores como baixa ingestão de água, fatores genéticos entre outro, 24% da população apresenta uma maior pré-disposição para formar cálculo.
Estudos mostram ainda que 12% dos homens e 5% das mulheres com 70 anos sofram de cálculos renais.
Além disso, a ocorrência de cálculos renais é maior entre pacientes com índice de massa corpórea acima de 30.
De acordo com a Secretaria da Saúde de São Paulo, o número de pedras nos rins aumenta em 30% no verão. Nesta época do ano além de perdermos líquido através da urina, também perdemos pelos poros, através do suor, ficando mais desidratados.
A maioria dos casos possui uma melhora natural, com a expulsão natural da pedra. Cerca de 20% dos casos precisam de intervenção/tratamento.
m geral, as são cálcicas (à base defosfatos de cálcio), oxálicas (à base de oxalato de cálcio) ou úricas (à base de ácido úrico ou uratos).
- As litíases cálcicas são formadas quando as urinas são muito alcalinas (pH urinário básico, maior que 7). Elas migram pouco, têm graves conseqüências na região renal e podem reincidir, apesar da sua extração.
- A litíase oxálica ocorre devido a uma alimentação rica em ácidos oxálicos (alasão, betteraba, determinadas frutas e legumes).
- A litíase úrica é formada por ácido úrico ou uratos. O ácido úrico é o metabólito final da decomposição das purinas, substâncias muito importantes na formação do DNA.
Existem fatores alimentares que contribuem para a formação dos cálculos, como por exemplo:
- Não ingestão de fluídos suficientes ao organismo, principalmente de água, que é responsável por diluir a urina e evitar a formação de cristais.
- Dieta com baixos índices de cálcio
- Uso de cálcio como suplemento
- Dieta com altos índices de proteína animal
- Dieta com altos índices de açúcar (sucralose, frutose)
- Dieta com baixos índices de fitatos (encontrados no arroz, centeio, trigo, e derivados de vagem)
- Dieta rica em sódio
- Dieta com ingestão freqüente de espinafre
- Consumo de bebidas alcoólicas, pois causa desidratação que facilita a formação de microcristais nos rins. A cerveja é a bebida alcoólica mais prejudicial ao rim.
- Dieta rica em carne vermelha, gordura e sal em excesso.
Além disso, algumas doenças contribuem para o aumento do risco de cálculos renais, sendo elas:
- Hiperparatiroidismo primário
- Gota
- Cirurgia bypass gástrica ou intestinal
Apesar de pode ser uma condição assintomáticos, os sintomas dos cálculos renais são:
- Cólica nefrética (principal complicação dos cálculos urinários).
- Eliminação de pequenos cristais através da urina.
- Hematúria (sangue nas urinas que a deixa de cor rósea ou vermelha, ou mesmo não podendo ser visto a olho nu)
- Sintomas digestivos (náuseas, vômitos)
- Dores para urinar
- Necessidade urgente de urinar.
Cólicas nefréticas são dores muito intensas que duram geralmente de 20 a 60 minutos e podem ocorrer na unilateralmente na região lombar, entre o quadril e a costela. As dores ocorrem devido à obstrução das vias excretórias. Para se livrar dos cálculos, o órgão se contrai, provocando dores e até mesmo a sua distensão.
DIAGNÓSTICO DE CÁLCULOS URINÁRIOS
O médico poderá diagnosticar os cálculos urinários através de diversos meios:
- radiografia do abdômen (evidência os cálculos que são opacos)
- tomografia computadorizada abdominal (mais especificamente a tomografia computadorizada helicoidal sem contraste é o mais recomendado nesses casos)
- ultra-sonografia (método utilizado no caso de pessoas com problemas para realizar exames com radiação como grávidas, pois cálculos pequenos ou no ureter podem não ser visualizados através desse método)
- ecografia
- urografia intravenosa
Uma vez que os cálculos forem diagnosticos, será necessário analisar como estes afetaram a região renal. O tratamento será determinado após a análise da composição dos cálculos. Leia também: tratamento dos cálculos urinários
A principal complicação dos cálculos urinários é a cólica nefrética.
Se os cálculos urinários não forem tratados eles podem desencadear uma infecção, obstrução do rim, e por fim insuficiência renal (alteração da função renal).
Os cálculos urinários são tratados conforme o seu tipo, tamanho, localização e condição do paciente. Se o cálculo de um paciente que tolera bem a dor e, consegue se alimentar e hidratar, tem chances de ser excretado (geralmente cálculos com menos de 5 milímetros) sem um procedimento mais invasivo, esse paciente pode até ser tratado em casa. Geralmente nesses casos, é aconselhado que o paciente reserve sua urina, para que a pedra expelida seja analisada em um laboratório afim de se determinar qual seu conteúdo. Dessa forma o médico pode avaliar e planejar o tratamento para prevenir o aparecimento de novos cálculos e até mesmo conduzir melhor o tratamento de um novo cálculo que venha surgir.
Seu tratamento, em geral, consiste na administração deantiinflamatórios não esteróides (AINES), para reduzir as dores e a inflamação. Atualmente são utilizados tambémbloqueadores alfa adrenérgicos para acelerar a eliminação do cálculo pela urina.
É necessário também cuidar da hidratação e alimentação, e de acordo com o cálculo formado, adaptar a ingestão dos itens a seguir:
- alimentos com muito ácido oxálico: beterraba, alazão, determinadas frutas e legumes
- alimentos que após metabolizados no corpo produzem muito ácido úrico: arroz de vitela, cabidelas, fígado, arenques)
O ph urinário deverá ser supervisionado quando os cálculos urinários forem de ordem cálcica.
É também possível extrair ou destruir os cálculos através de:
- ultra-sons (destruição dos cálculos)
- nefrolitotomia percutânea (extração do cálculo através da punção das cavidades renais por via lombar)
- cirurgia
Cálculos maiores, geralmente acima de 9 ou 10 milímetros, não passam pelos dutos urinários. Nesses casos, é necessário extrair ou destruir os cálculos através de:
- Litotripsia Extracorpóriea por Ondas de Choque (LECO)
- Ureteroscopia (utilização de um tubo que percorre o caminho inverso da urina e através de instrumentos na extremidade, o médico quebra ou remove os cálculos)
- Nefrolitotomia percutânea (extração do cálculo através da punção das cavidades renais por via lombar)
- Litotripsia Percutânea por Ultra-som (inserção do instrumento de ultra-som através de uma pequena incisão nas costas em direção ao rim, onde ondas de ultra-som irão atingir o cálculo e dividi-lo em partes menores que poderão ser eliminadas pela urina.
- Litotripsia endoscópica a laser (um feixe de laser separa os cálculos no ureter, possibilitando assim sua eliminação pela urina)
- Litotripsia endoscopia por ondas de choque (normalmente utilizado para cálculos menores de 2 cm.)
- Cirurgia, só é indicada em 10% dos casos, quando se observa que o cálculo está preso no uréter e não consegue descer.
Em caso de cólica nefrética (complicação aguda dos cálculos renais), é primordial:
- não tomar bebidas durante a crise (para não sobrecarregar o rim afetado)
- diminuir a dor (AINES)
- acalmar os espasmos
- diminuir a dor (AINES)
- acalmar os espasmos
Depois que a dor passar, é aconselhado beber bastante líquido para eliminar os resíduos e ajudar na prevenção do aparecimento de novos cálculos.
FITOTERAPIA CÁLCULOS URINÁRIOS
As pessoas com tendência a formar cálculos renais poderão utilizar as seguintes plantas medicinais:
Observação: as infusões podem ser tomadas de 2 a 3 vezes ao dia.
- urtiga, em infusão, para prevenir os cálculos urinários
- gerânio em infusão: 1 colher de sobremesa para uma xícara de infusão
- hissopo em infusão: 20 gramas para 1 litro de água
- bétula, num chá (infusão), para prevenir cálculos urinários
Para acalmar os espasmos dolorosos, os remédioshomeopáticos listados abaixo podem ser úteis. Tome 3 grânulosa cada 15 minutos, dando mais espaço entre as tomadas assim que melhorar.
- Belladonna 7CH
- - Berberis vulagaris 5CH
- - Calcarea Carbonica 5 CH
- - Lycopodium 5 CH
- - Pareira Brava 5 CH