MEGA SAÚDE MANTENA_MG

MEGA SAÚDE MANTENA_MG

domingo, 23 de setembro de 2012

LÚPUS - ERITEMATOSO


DEFINIÇÃO

Na verdade existem três tipos de lúpus: o lúpus eritematoso, o lúpus disseminado e o lúpus tuberculoso.
Aqui nós citaremos apenas o lúpus eritematoso e o lúpus erimatoso disseminado que são doenças relacionadas.  O lúpus eritematoso é a manifestação cutânea do lúpus eritematoso disseminado, que trata-se de uma doença inflamatória auto-imune que atinge vários órgãos. O lúpus tuberculoso é a localização cutânea dos tubérculos do pulmão.
Doença auto-imune é quando as células de defesa do nosso organismo, por algum defeito, começam a reconhecer partes do nosso corpo como corpos estranhos (antígenos), fazendo com que haja toda uma resposta do nosso organismo (resposta imunológica, geralmente com anticorpos) contra células dele mesmo, o que normalmente não ocorreria.

O termo lúpus vem da Idade Média, do latim loup (lobo), quando um médico chamado Rogerius, descreveu como mordidas de lobo o que mais tarde descobriria ser as lesões provocadas pelo lúpus.


 Nos EUA, estima-se que 1.5 a 2 milhões de pessoas (dos 305 milhões de americanos) vivem hoje (2010) com uma forma de lúpus.
- No Brasil, não existem dados concretos quanto ao número de pessoas portadoras da doença.

CAUSAS

Como vimos na seção "definição do lúpus", o lúpus eritematoso é uma manifestação cutânea do lúpus eritematoso disseminado.
O lúpus eritematoso é uma doença inflamatória auto-imune de causa geralmente desconhecida.
causas lupusA exata causa do lúpus ainda é desconhecida, mas o que já se sabe é que a doença tende a se manifestar em determinadas famílias e tende a afetar certos grupos mais do que outros, sugerindo uma possibilidade de herança genética. É possível que alguns medicamentos provoquem a doença (em 10% dos casos).
A exposição solar pode agravar a doença. O uso de protetor solar é obrigatório.
É possível que alguns medicamentos provoquem a doença (em 10% dos casos).
Estudos indicam que a carência de vitamina D pode estar relacionada com o surgimento da doença, assim como de outras doenças auto-imunes. Além disso, segundo um estudo publicado em abril de 2009, as mulheres que tomam pílula contraceptiva (principalmente as mais fortes), têm uma probabilidade 50% maior de adquirir lúpus.

A doença pode atingir ambos os sexos, no entanto, foi observada uma incidência maior nas mulheres jovens entre 20 e 30 anos. 
Nos EUA, o lúpus disseminado afeta ainda mais os afro-descendentes.

SINTOMAS

Os sintomas do lúpus eritematoso diferem bastante (no quesito intensidade também) de uma pessoa a outra, em função dos órgãos atingidos.
sintomas do lúpusAfecções articulares que se manifestam por dores (em 90% dos doentes)
Manifestações cutâneas diversas: eritemado rosto em forma de asa de borboleta, que se apresenta através de placas vermelhas com crostas. Geralmente esse eritema dura apenas alguns dias, mas tende a voltar com freqüência.
Variação da pigmentação (aumento ou diminuição)
- Sensibilidade a luz ultravioleta (60 a 100% dos casos): após exposição a luz solar ou luz fluorescente, geralmente ocasiona o aparecimento de manifestações cutâneas.
Existem, no entanto, sinais generalistas que aparecem quando ocorrem surtos da doença. Estes sinais mostram uma alteração do estado geral, são eles: febredores de cabeça, apresentar extremidades das mãos e pés frias e pálidas ou azuladas (fenômeno Raynauld), inchaço, falta de apetite e emagrecimento. Outros sintomas podem aparecer quando a doença se propagar.

O diagnóstico da doença geralmente leva algum tempo, uma vez que a doença geralmente pode se confundir com uma série de outras doenças.
Como a doença se manifesta geralmente através de erupções cutâneas características, o médico pode diagnosticara doença através de um primeiro exame dermatológico.
Em seguida, ele dará sequência às suas pesquisas através da  testes sorológicos (identificação de anticorpos) e biopsias (coletas) nos órgãos atingidos (geralmente cutâneas ou renais).
Atualmente foi desenvolvida pela Escola Americana de Reumatologia (The American College of Rheumatology)  uma tabela de critérios (ARA criteria for diagnosis of SLE) para auxiliar no processo de diagnóstico do lúpus eritematoso sistêmico.
Um novo procedimento laboratorial tem se mostrado muito efetivo, o “lúpus test band”, que detecta o depósito de imunoglobulinas (anticorpos) e componentes do complemento (resposta imune) em um tecido epitelial de um paciente com LE. Este teste não deve ser avaliado sozinho, devem ser considerados os achados morfológicos, biópsia, sorologia e imunopatologia.

doença progride lentamente ao longo de vários anos e é relembrada devido às suas crises, surtos sucessivos, com períodos de remissão podendo variar de alguns meses a anos.
As complicações da doença ocorrem devido a danos nos órgãos internos, como os rins, pâncreas ou intestino, sistema nervoso e o sistema cardiovascular.
- Dano no sistema renal: destruição dos glomérulos renais, alterando a sua função de eliminação, podendo levar a uma insuficiência renal crônica, podendo até mesmo necessitar de diálise e transplante de rim.
- Dano pancreático, abdominal ou intestinal: dor abdominal severa, náusea e vômito.
- Dano do sistema nervoso: gera crises convulsivas, enxaquecas, paralisia e distúrbios do comportamento.
- Dano do sistema cardiovascular, podendo desencadear endocardites, hipertensão 
Gravidez: Mulheres com lúpus são mais propensas a ter complicações durante a gestação e a ter um parto prematuro. Caso queiram engravidar é aconselhável o acompanhamento médico e que a doença esteja em remissão, sem a apresentação de sintomas por pelo menos 6 meses.

TRATAMENTOS

A especialidade do médico que irá tratar o paciente com lúpus, depende do tipo e dos sintomas que o paciente apresenta, sendo geralmente um reumatologista, mas não exclui-se a possibilidade de atendimento por um nefrologista, dermatologista, cardiologista, neurologista, ou um perinatologista.

tratamento lupusNos casos benignos (danos cutâneos ou articulares), o pacienteirá administrarantiinflamatórios não esteróides (AINES) para diminuir as inflamações e as dores, e antipalúdicos. Esse tratamento pode ser acompanhado de corticóides a serem administradosem curta duração.
No entanto, nos casos mais graves, o paciente será tratado com doses mais fortes de corticóides e algumas vezes, com imunossupressores.
Em seguida, será necessário completar o tratamento conforme o órgão afetado. Em caso de dano renal, serão necessárias hemodiálises (depuração do sangueatravés demáquinas, pois os rins estão muito afetados e não conseguem trabalhar da maneira necessária).

DICAS
 Um paciente com lúpus deve obrigatoriamente se proteger do sol com um protetor solar apropriado.
Além disso, em caso de surtos da doença é importante evitar o sol.  
- Determinados medicamentos são fotossensibilizantes e podem piorar o problema existente no paciente que sofre de lúpus, portanto, os doentes devem se informar sobre essa eventualidade quando forem se automedicar.

Tratamentos estéticos, como aplicação de toxina botulínica (botox) para a correção de rugas de expressão, preenchedores para a correção de sulcos faciais, rugas e redimensionamento facial, lasers para depilação e rejuvenescimento, não são recomendados para pessoas com lúpus.

- É importante manter uma dieta pobre em gordura, moderada em proteínas (carne, frango e peixe), sempre preferir carnes magras, evitando comidas apimentadas, rica em frutas, vegetais e grãos.

- É importante sempre se manter ativo, pois o excesso de repouso pode enfraquecer os músculos, o que pode piorar o quadro posteriormente.

- Sempre que for se submeter a algum tratamento médico, deixe claro que é um paciente com lúpus, pois algumas medicações podem piorar seu quadro.

- Vacinas para prevenir pneumonia e gripe são recomendadas para pessoas com lúpus, apesar de apresentarem menor eficiência do que em uma pessoa sem lúpus; já vacinas que contém vírus vivos como rubéola, pólio, varicela e catapora, não são recomendadas para pessoas com lúpus.

- Mulheres com lúpus devem se submeter a um método anticoncepcional devido aos fatores mencionados na seção complicações lúpus. A escolha de pílulas anticoncepcionais deve ser discutida com o médico responsável, pois a viabilidade da escolha do tipo de pílula varia de acordo com o quadro clínico da paciente.










Nenhum comentário:

Postar um comentário