MEGA SAÚDE MANTENA_MG

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domingo, 18 de novembro de 2012

INFECÇÃO URINÁRIA -CAUSAS E SINTOMAS E TRATAMENTOS



CAUSAS DA INFECÇÃO URINÁRIA

Os agentes mais comuns causadores das infecções do trato urinário são as bactérias da família Enterobacteriaceae, sendo a Escherichia coli a mais prevalente (70-85% dos casos adquiridos fora do hospital e 50% dos casos de infecção hospitalar). Outras espécies freqüentes adquiridas fora do ambiente hospitalar incluem Staphylococcus saprophyticus,Proteus spp., Klebsiella spp., Enterococcus faecalis eStaphylococcus aureus, sendo que das bactérias citadas, somente a S. saprophyticusS. aureus e a E. faecalis são Gram-positivas.
Nas infecções urinárias fúngicas, o microorganismo Candida albicans é o mais freqüente encontrado nas urinoculturas.
Esses agentes patológicos sobem as vias urinárias e podem causar infecções em diversas partes do aparelho urinário. Alguns fatores propiciam esse desenvolvimento:

- Retenção da urina, que pode favorecer a proliferação bacteriana;



- Refluxo vesico-uretral, que é uma condição na qual há refluxo da urina durante a micção, favorecendo a proliferação de bactérias;



- A gravidez pode significar uma causa de aumento da incidência de infecções urinárias, devido às alterações mecânicas e fisiológicas impostas ao corpo feminino. Nesse caso, a dilatação pélvica e hidroureter (ureter dilatado), aumento do tamanho renal (1 cm), modificação da posição da bexiga que se torna um órgão abdominal e não pélvico, aumento da capacidade vesical devido à redução do tônus vesical hormônio-mediado e o relaxamento da musculatura lisa da bexiga e ureter progesterona-dependente contribuem para o surgimento de infecções; 



- Diabetes (tipo I e tipo II) torna o paciente mais suscetível a infecções urinárias; 



- Relações sexuais e uso do diafragma;



- Má higienização das partes íntimas;



- Uso de sondas uretrais;



- Menopausa e aumento da idade (em ambos os sexos);



- Constipação (prisão de ventre);



- Herpes genital;



- Presença de cálculos renais, que pode desencadear retenção urinária;



- Prostatismo (ocorrência de hipertrofia prostática benigna ou carcinoma de próstata), que é uma situação de obstrução ao fluxo urinário com conseqüente esvaziamento vesical incompleto;



- Transplante renal. Nesse caso, o agente infeccioso pode ser obtido através do rim do doador, além do uso de imunossupressores que podem reativar agentes endógenos.

Embora a vida sexual seja um fator que favoreça o aparecimento de infecções do trato urinário, a doença não é transmissível através do sexo ou de algum outro meio.

GRUPOS DE RISCOS DE INFECÇÃO URINÁRIA

Alguns grupos são possíveis de ter maior incidência de infecção do trato urinário e inclui:

  • - Mulheres, devido a questões anatômicos, como uretra mais curta, o que facilita o acesso de agentes patogênicos a bexiga;

  • - Ter vida sexual ativa: mulheres com vida sexual ativa tendem a ter mais infecção urinária que aquelas sem vida sexual;

  • - Usuárias de certos métodos de controle de natalidade, como o diafragma ou agentes espermicidas;

  • - Mulheres na menopausa;

  • - Pessoas com anormalidades no trato urinário;

  • - Pessoas com pedras nos rins;

  • - Pessoas com o sistema imune deficiente, como pacientes com diabetes;

  • - Pacientes usuários de cateter urinário

SINTOMAS DA INFECÇÃO

As infecções urinárias podem ou não apresentar sintomas. Os sintomas comuns incluem:
  • - Urgência em urinar;

  • - Necessidade freqüente em urinar (polaciúria);

  • - Sensação de queimação e dor ao urinar;

  • - Jato urinário reduzido;

  • - Urina turva;

  • - Sinais de sangue na urina, dando a esta uma coloração escura ou rosada;

  • - Cheiro forte na urina;

  • - Dor pélvica, em mulheres;

  • - Dor retal, em homens.
No caso de pielonefrite, os sintomas incluem, quase sempre, febre, dor lombar e nos flancos, náuseas e vômitos.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico das infecções urinárias pode ser feito pelos sintomas clínicos apresentados pelo paciente. Laboratorialmente, o diagnóstico pode ser realizado por análise de amostra da urina, na qual o médico irá observar a presença de pus, células vermelhas do sangue, número de bactérias, presença de leucócitos e sedimentos urinários.
Outros testes incluem exames de imagem do trato urinário para identificar anormalidades, como cálculos renais e más formações. Essas técnicas incluem ultra-sonografia, urografia excretora (UGE), uretocistografia miccional, cintilografia, tomografia computadorizada e cistoscopia para analisar a bexiga e uretra.

COMPLICAÇÕES

As infecções urinárias, quando não tratadas adequadamente, podem alcançar regiões superiores do trato urinário, ocasionando pielonefrite aguda ou crônica, causando lesão renal e, possivelmente, insuficiência renal. Um tipo específico de é a pielonefrite enfisematosa e xantogranulomatosa. Outras doenças incluem abcesso perinéfrico e necrose papilar (ambas nos rins).
Quanto mais demorado for o tratamento, mais as bactérias e agentes causadores tornam-se resistentes e difíceis de serem tratados. Isso pode colocar a vida do paciente em risco, uma vez que esses microorganismos podem ganhar a corrente sanguínea, disseminando-se. Essa disseminação pode gerar trombos e o paciente pode entrar em sepse com falência de órgãos, normalmente pulmão e rins.

TRATAMENTOS

O tratamento das infecções urinárias visa principalmente à eliminação dos agentes causadores do trato urinário. Os antibióticos são normalmente prescritos no tratamento da doença. No caso de infecções simples, os antibióticos comumente usados sã sulfametoxazol-trimetoprima, amoxicilina, ampicilina e antibióticos da classe das quinolonas (ciprofloxacino, norfloxacino e levofloxacino). Algumas alternativas sã cefalosporinas de 1ª e 3ª gerações (cefalexina, cefadroxil, cefixima etc), ácido pipemídico e nitrofurantoína.
Os sintomas normalmente desaparecem nos primeiros dias do tratamento, mas é necessário prosseguir com todo o tratamento até o final. O médico pode também receitar um analgésico no caso do paciente sentir dor, antipirético, no caso de febre, antiespasmódicos ou ainda antiinflamatórios.
A fosfomicine é um fármaco particularmente útil no tratamento de cistites, uma vez que um só comprimido pode curar a doença, além de possuir alta especificidade e perfil de resistência bacteriana menor quando comparado com quinolonas. No caso de infecções urinárias freqüentes, o tempo de tratamento é normalmente maior.
Os antimicrobianos de escolha para o tratamento de infecção urinária complicada sã as fluoroquinolonas, cefalosporinas de 2ª e 3ª geração, penicilinas sintéticas com inibidores da betalactamase (como a associação amoxicilina + cácido clavulânico) e aminoglicosídeos (estreptomicina, apramicina etc). Em casos clinicamente graves ou na falha inicial após um a três dias de tratamento, devem-se utilizar drogas anti-Pseudomonas, exceto as fluorquinolonas, com internação e tratamento intravenoso.
Quando o agente causador é um fungo, as drogas normalmente usadas são o fluconazol. A anfotericina B é usada quando não há resposta ao fluconazol. O cetoconazol não é indicado para infecções urinárias fúngicas.
É importante que o tratamento com antibióticos e antifúngicos seja criteriosamente selecionado uma vez que as bactérias podem tornar-se resistentes. O controle do tratamento deve ser feito por análise da urina. O uso de antibióticos como uso profilático é de uso limitado.

FITOTERAPIA

A fitoterapia pode auxiliar no tratamento das infecções urinárias e deve ser prescrita por um médico. Abaixo há alguns exemplos de plantas medicinais:
Muitas dessas drogas vegetais possuem propriedades diuréticas e desinfetantes das vias urinárias que auxiliam no tratamento das infecções urinárias. É importante ressaltar que o chapéu de couro é contra indicado em pacientes com pressão baixa e a carqueja não é indicada para gestantes e lactantes.

HOMEOPATIAS

Assim como em qualquer tratamento homeopático, a definição dos medicamentos contra as infecções urinárias é feita com base nos sintomas dos pacientes. Abaixo há alguns dos produtos usados para a doença:
- Cantaris 9CH;
- Sepia officinalis 200K;
Phosphorus 30 CH;
Belladonna 6CH;
Delphinium12CH;
Noz-vomica 6CH;
Apis Melífica 6CH.

DICAS

Algumas dicas são úteis para pacientes com infecção urinária:
- Beba bastante água durante o dia, cerca de 2 litros;
- Evite beber refrigerantes ou outras bebidas gasosas. Dê preferência a chás de folhas, água e suco de cranberry;
- Durante o tratamento com antibióticos, siga rigorosamente a prescrição médica e utilize o medicamento até o fim do período indicado de tratamento;
- Evite ingerir bebidas que irritem a bexiga, como cafés, bebidas alcoólicas;
- No caso de dor abdominal, use bolsas térmicas mornas para aliviar o desconforto.

PREVENÇÃO

- Beba bastante água durante o dia, cerca de 2 litros;
- Mantenha hábitos saudáveis de higiene íntima;
- Troque regularmente a roupa íntima para evitar a proliferação de bactérias e agentes infecciosos;
- Não segure a urina por muito tempo para evitar a proliferação bacteriana. Ao urinar, espere a bexiga se esvaziar completamente;
- Evite jacuzzi, pois podem estar cheias de agentes infecciosos;
- Mantenha hábitos de vidas saudáveis, como uma alimentação balanceada. Evite o estresse, fadiga e nervosismo, pois podem reduzir o sistema imunológico e propiciar o aparecimento de infecções;
- Trate adequadamente problemas de prisão de ventre;
- Evite duchas e sprays de higiene íntima. Não há redução dos níveis de infecção com o uso desses métodos;
- Para mulheres: após urinar, limpe-se da frente para trás, para evitar que bactérias fecais entrem em contato com o canal urinário;
- Para mulheres: após o ato sexual, esvazie completamente a bexiga. Beba um copo cheio de água para auxiliar na urina. Limpe as áreas genitais após as relações sexuais;
- Utilize roupas quentes no inverno, eviteroupas íntimas muito apertadas, curtas ou sintéticas (dê preferência às confecções em algodão). As jovens devem tomar cuidado com a moda da barriga à mostra no inverno, pois ofriofragiliza osistema imunológico, sendoassim, o risco de obter uma cistite aumenta.

FONTE:
http://www.criasaude.com.br/N6189/doencas/infeccao-urinaria.html






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