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domingo, 29 de julho de 2012

APENDICITE - Causas e Sintomas

Apendicite é o nome dado à inflamação do apêndice, quadro que se apresenta habitualmente como uma intensa dor abdominal. É, em geral, uma emergência médica que necessita de tratamento cirúrgico. Se não tratado a tempo, há risco de rotura e infecção generalizada. A apendicite pode ocorrer em qualquer idade mas é mais comum em adolescentes e adultos jovens.

Neste artigo explicaremos as seguintes questões sobre a apendicite:
  • O que é o apêndice.
  • O que é apendicite.
  • Causas da apendicite.
  • Sintomas da apendicite.
  • Diagnóstico da apendicite.
  • Tratamentos da apendicite.
O que é o apêndice? 

Ilustração do apêndice 
Aparência do apêndice
O apêndice é um prolongamento do ceco, região onde fica a comunicação entre o intestino delgado e o intestino grosso (cólon). Possui aproximadamente 10 cm de comprimento e tem um fundo cego. Seu formato lembra o de um verme, por isso também é chamado de apêndice vermiforme. Uma outra analogia fácil é com um dedo de luva, como pode ser visto na imagem ao lado.

A parede do apêndice contém tecido linfático e participa na produção de anticorpos. O apêndice também serve como reservatório de bactérias intestinais que ajudam no processo de digestão.

É comum aprendermos no colégio que o apêndice é um órgão sem função, o que é não totalmente errado. O apêndice parece ser apenas um resquício evolutivo, que se não é de todo inútil, também não parece fazer falta quando retirado cirurgicamente.

Por que o apêndice inflama causando a apendicite?

Localização do apêndice 
Apêndice
O apêndice normalmente produz um volume constante de muco que é drenado para o ceco e se mistura nas fezes. O seu grande problema é ser a única região de todo o trato gastrointestinal que tem um fundo cego, ou seja, é um tubo sem saída, como um dedo de luva. Qualquer obstrução à drenagem do muco faz com que o mesmo se acumule, causando dilatação do apêndice. Conforme o órgão vai ficando maior, começa a haver compressão dos vasos sanguíneo e necrose da sua parede. O processo pode evoluir até o rompimento do apêndice, o que é chamado de apendicite supurada.

Existem várias causas para obstrução do apêndice. Em jovens é comum ocorrer um aumento dos tecidos linfáticos em resposta a alguma infecção viral ou bacteriana. Como o diâmetro interior do apêndice tem menos de 1 cm, qualquer aumento na sua parede pode obstruir a saída. Em idosos, o mais comum é a obstrução por pedaços ressecados de fezes. Também existe a possibilidade de obstrução por tumores ou por vermes intestinais.

Quando o apêndice fica obstruído e inflamado, as bactérias que vivem no interior dos intestinos conseguem atravessar a sua parede e alcançar a circulação sanguínea e o peritônio (membrana que recobre todo o trato intestinal). Este processo é chamado de translocação bacteriana e é responsável por grande parte dos sintomas da apendicite.

Sintomas da apendicite 

O ceco e o apêndice ficam no quadrante inferior direito do abdômen, por isso, uma apendicite se apresenta tipicamente como uma dor nesta região. O problema é que em fases iniciais, quando há somente a distensão do apêndice ainda sem intensa inflamação ao seu redor, os sintomas podem ser muito vagos e não necessariamente localizados neste sítio. No começo da apendicite a dor pode ser difusa, normalmente localizada na região do estômago ou em volta do umbigo. O apêndice é muito pouco inervado e sua inflamação isolada é mal percebida pelo cérebro. Somente quando o peritônio, este sim rico em terminações nervosas, fica inflamado é que o cérebro consegue identificar mais precisamente a região afetada. O quadro típico é de uma súbita dor ao redor do umbigo que vai ficando mais intensa conforme dirige-se para o quadrante inferior direito.

Náuseas, vômitos e febre são sintomas comuns nas fases avançadas da apendicite. Também pode haver diarreia ou prisão de ventre.

Quando a inflamação e a distensão levam à perfuração do apêndice, ocorre uma peritonite (inflamação do peritônio). O paciente com peritonite apresenta intensa dor e o abdômen costuma ficar duro que nem uma pedra. O doente sente dor com estímulos simples como pisar no chão ou mudar de posição. Este quadro grave costuma cursar com sepse (leia O QUE É SEPSE?).

Para saber mais causas de dor abdominal, leia: DOR NA BARRIGA | DOR ABDOMINAL | Principais causas 

Apendicite crônica

Alguns pacientes apresentam quadros de obstrução intermitente do apêndice, havendo desobstrução espontânea sempre que a pressão dentro da luz fica elevada. Imagine um pedaço ressecado de fezes alojado exatamente na saída do apêndice, que agora já não tem mais como escoar o seu muco produzido. Se esse pedacinho de fezes não estiver bem preso, conforme a pressão dentro do apêndice for ficando maior, ele acaba sendo empurrado pelo excesso de muco acumulado e a obstrução desaparece. Este é um exemplo de um apêndice que inflama e desinflama repetidamente. A apendicite crônica apresenta-se como um quadro de dor abdominal cíclica que costuma ser difícil diagnosticar.

Diagnóstico da apendicite 


Como em qualquer doença, o diagnóstico começa pela avaliação dos sinais e sintomas através da história clínica e do exame físico. Como explicado acima, o apêndice é pouco inervado e quando não há inflamação também dos órgãos ao seu redor, nomeadamente do peritônio, podem ainda não existirem sinais claros de apendicite ao exame físico. 


Conforme a inflamação progride, torna-se fácil detectar uma intensa dor a palpação profunda no quadrante inferior direito do abdômen. Quando há peritonite, o paciente sente muita dor durante o exame físico no momento em que apertamos o abdômen com uma das mãos e subitamente a retiramos. Esta dor à descompressão é típica de processos inflamatórios do peritônio.


Os exames laboratoriais também são úteis, já que pacientes com peritonite costumam apresentar um número elevado de leucócitos no hemograma (leucocitose) (leia: HEMOGRAMA | Entenda os seus resultados).


Porém, uma suspeita clínica/laboratorial de um peritônio inflamado não é suficiente para fecharmos o diagnóstico da apendicite, já que existem várias causas para peritonite (ver a seguir em diagnóstico diferencial).


Casos típicos de apendicite, principalmente se avaliados por médicos experientes, podem ser diagnosticados sem maiores dificuldades, mas atualmente é muito comum e fácil solicitar exames de imagem para confirmação do diagnóstico. Os dois exames mais solicitados são a ultrassonografia e a tomografia computadorizada, sendo esta última a mais indicada em casos duvidosos ou com suspeitas de complicações.


Diagnóstico diferencial da apendicite 


A apendicite é uma das principais causas de dor e necessidade de cirurgia abdominal. Entretanto, vários outros processos inflamatórios dentro do abdômen podem ser parecidos com os sintomas da apendicite, como:


- Diverticulite (leia: DIVERTICULITE | DIVERTICULOSE | Sintomas e tratamento).
- Doença de Crohn (leia: DOENÇA DE CROHN | RETOCOLITE ULCERATIVA | Sintomas e tratamento).
- Doença inflamatória pélvica.
- Diverticulite de Merckel.
- Ileíte aguda (inflamação do íleo, porção final do intestino delgado).


Tratamento da apendicite


O tratamento da apendicite é cirúrgico, podendo ser feito de modo tradicional e pela laparoscopia. A via laparoscópica é preferida em pessoas obesas, idosos e quando o diagnóstico ainda não é 100% certo na hora da cirurgia.


A cirurgia é imediatamente indicada naqueles casos com menos de 3 dias de evolução. Nos casos onde o paciente demora para procurar atendimento, a inflamação pode estar tão grande que dificulta a ação do cirurgião, aumentando o risco de complicações. Nestes casos, se a tomografia computadorizada demonstrar presença de muita inflamação ao redor do apêndice, com formação de abscesso (leia: O QUE É INFLAMAÇÃO? O QUE É UM ABSCESSO?), pode ser preferível tratar a infecção com antibióticos por algumas semanas antes de levá-lo para cirurgia.

Leia o texto original no site MD.Saúde: APENDICITE | Sintomas e tratamento http://www.mdsaude.com/2009/05/sintomas-da-apendicite.html#ixzz2248wmJ91

Entenda o que é uma inflamação, porque o corpo produz o pus e como isso é benéfico para nossa saúde.


Acho que todo mundo alguma vez já se perguntou o que seria exatamente o pus ou um abscesso. A idéia mais comum é que o pus se trata de uma substância produzida por bactérias. Não é bem isso. O pus é o resultado final de uma ação das células de defesa, os glóbulos brancos, contra uma infecção, geralmente bacteriana.


Vou usar como exemplo o piercing que eu já falei em outra postagem (leia: PIERCING | Perigos e complicações). A história é a seguinte:


Uma paciente coloca um piercing em uma determinada região da pele. O processo é feito sem a assepsia adequada e bactérias conseguem entrar pelo orifício de entrada do piercing. Assim que organismos estranhos entram em contato com nosso meio interno, eles são logo identificados pelas nossas células de defesa, em geral os macrófagos. Essa células imediatamente liberam mediadores inflamatórios que agem aumentando a circulação de sangue local para facilitar a chegada de mais células de defesa. É uma espécie de alarme para chamar reforços. Esse aumento local da circulação de sangue leva ao aparecimento do rubor (vermelhidão ) e do calor característicos dos processos inflamatórios. Alguns desses mediadores aumentam a sensibilidade para dor, que é uma maneira de mostrar ao paciente que algo de errado está ocorrendo naquele sítio.


O reforço vem pelo sangue, através dos leucócitos (células brancas). Esses leucócitos precisam atravessar a parede do vaso para chegar no tecido infectado e combater as bactérias. Mais uma vez, os mediadores inflamatórios ajudam, aumentando a permeabilidade dos poros dos vasos sanguíneos. Esse processo facilita a saída das células brancas, principalmente dos neutrófilos (subtipo de leucócito), mas também de proteínas e plasma ocasionando edema no local por excesso de líquido.


Neste momento temos os 4 sinais típicos de um processo inflamatório, todos causados por reações do nosso próprio organismo:


- Calor
- Rubor
- Edema
- Dor
Inflamação, abscesso e pus
Pus
Esse processo inflamatório descrito ocorre em qualquer situação de agressão, seja por infecções, por trauma, por queimaduras, doenças auto-imunes (leia: DOENÇA AUTOIMUNE) etc. Se o agente causador não mais existir, como no caso de um traumatismo, esse processo será auto limitado. Se houver um agente invasor como uma bactéria ou um corpo estranho, ele continuará até que a causa seja eliminada.


Voltando então ao nosso exemplo, o quadro agora é de um local com inúmeras bactérias, inúmeros neutrófilos, plasma sanguíneo, vários tipos de proteínas, mediadores inflamatórios etc... Na verdade, é uma campo de batalha, com milhões de bactérias, neutrófilos e células do tecido acometido mortos, além de mais um monte de substâncias liberadas cada vez que uma célula morre. Esse conjunto de produtos forma um líquido pastoso amarelado chamado de pus.


O pus só ocorre em pessoas com sistema imune normal. Doentes graves, imunossuprimidos, com baixa contagem de neutrófilos, não conseguem atacar bactérias invasoras, não produzem pus e muitas vezes não conseguem sequer ativar o processo inflamatório.


Muitas vezes, quando há dificuldade em derrotar determinadas bactérias invasoras, as células de defesa criam uma parede em volta do processo inflamatório, encapsulando e isolando o material purulento, impedindo que as bactérias contidas nele possam migrar para outras regiões do corpo. Isso é o abscesso. É mais um mecanismo de defesa, mas que, ao mesmo tempo que impede a saída de bactérias, também atrapalha na chegada de antibióticos e novos glóbulos brancos. Muitas vezes precisa ser abordado e drenado cirurgicamente para que se possa curar a infecção.


O abscesso pode se formar em qualquer órgão sólido, como fígado, rins, pulmão, cérebro etc. A presença dele indica uma infecção grave, geralmente com febre alta, suores e calafrios e outros sinais de sepse )

Leia o texto original no site MD.Saúde: O QUE É INFLAMAÇÃO? O QUE É UM ABSCESSO? http://www.mdsaude.com/2008/11/o-que-o-pus-o-que-um-abscesso-o-que-uma.html#ixzz2249AhthW






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